Por Jorge Wahl
A pouco mais de 1 mês de sua abertura e com uma programação que cria as expectativas mais favoráveis, o 36º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, de 7 a 9 de outubro, em Brasília, tem agora confirmados os nomes que trarão ainda mais conteúdo às quatro plenárias, seis painéis simultâneos e mais de duas dezenas de apresentações técnicas. São ministros de Estado, senadores, líderes empresariais, lideranças sindicais e especialistas do exterior, ao lado de estudiosos e dirigentes de associadas.
Todos ajudando a reunir um acervo de ideias e propostas que com certeza trarão ainda maior consistência à “Carta do 36º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão”, o documento final que traduzirá a força de nosso maior evento.
Para saber mais e inscrever-se é muito simples, basta ir ao endereço http://congressodosfundosdepensao.com.br/
Dificuldades viram oportunidades - O tema-central é “Maturidade, Desafios e Oportunidades”, uma referência às quase 4 décadas de existência regulamentada de nosso sistema, ao pagamento de perto de R$ 3 bilhões em benefícios regularmente todos os meses, aos obstáculos que nos desafiam e as chances de transformar as dificuldades em oportunidades.
As plenárias terão a ancorá-las não apenas temas merecedores de debates aprofundados, mas também receberão úteis subsídios capazes de tornar essas discussões muito mais consistentes. Um bom exemplo é o de como já a primeira plenária será enriquecida pelo extenso e profundo debate que temos vivido envolvendo tudo que diz respeito à solvência dos planos e precificação de ativos e passivos.
Oxigênio dos planos - Essa primeira plenária lançará luzes sobre o tema “O Tempo é o Oxigênio dos Fundos de Pensão”, ao centrar os debates na “duration” dos planos. Vai envolver tanto as questões de técnica atuarial, como política de investimentos e um olhar mais abrangente sobre o que realmente importa, a solvência.
A segunda plenária, voltada para o tema “Maturidade, Percepção sobre a Previdência Complementar Fechada e Oportunidade de Construção do Futuro”, é outra que será enriquecida em seu conteúdo por estudo que já está sendo realizado previamente ao evento. Expositor e debatedores estarão discutindo fatores que motivam a participação de empresas, sindicatos e entidades associativas e trabalhadores, todos ouvidos em pesquisa que, além de identificar fatores que motivam e motivarão as adesões aos planos previdenciários, apresentará os contornos de um mapa estratégico para manter e ampliar a cobertura da previdência complementar fechada.
Reengenharia de produto - A terceira plenária vai propiciar uma com certeza necessária e oportuna discussão sobre “Previdência 2.0: Vocação Previdenciária e Reengenharia de Produto”. Afinal, em um mundo que assiste a rápidas mudanças, modelos que serviam há décadas hoje precisam ser atualizados, ganhando flexibilidade sem colocar em risco a natureza previdenciária que tanto orgulha os fundos de pensão. Enfim, uma útil reflexão sobre a nossa vocação e a construção de planos mais simples, padronizados, modulares e escaláveis, compreensíveis tanto para os participantes e potenciais patrocinadores/instituidores, quanto para a fiscalização e judiciário.
Na mesma linha de plenárias apoiadas em trabalhos prévios capazes de fornecer muitos números e com isso favorecer diagnósticos, a quarta e última plenária será focada no tema “Previdência Complementar: Solução para o Brasil Poupar Mais e Melhor” e irá mostrar com fatos os fundos de pensão como instrumento de erradicação da pobreza e de desoneração do Estado. É que através da acumulação da poupança previdenciária de longo prazo favorecem a prosperidade e tiram dos ombros do Estado, seja por meio da Previdência Social ou através de um banco de fomento como o BNDES, parte de sua responsabilidade de prover renda aos aposentados e juros subsidiados às empresas. Mas, para que isso se torne possível, são necessárias políticas públicas fomentadoras de nosso sistema, algumas delas inclusive de natureza fiscal. (JW )
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 31.08.2015.