O 36º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão começa a tomar forma. Preparado com a antecedência que um evento dessa dimensão e significado merece, vai com certeza mais uma vez confirmar o seu papel de maior fórum de nosso sistema. Partindo de uma pesquisa de satisfação dos congressistas presentes em 2014, uma comissão temática e a equipe organizadora vem se reunindo desde o início deste ano. O tema-central, já aprovado pela Diretoria, é “Maturidade, Desafios e Oportunidades”, uma referência às quase 4 décadas de existência regulamentada de nosso sistema, ao pagamento de quase R$ 3 bilhões em benefícios regularmente todos os meses, aos obstáculos que nos desafiam e as chances de transformar as dificuldades em oportunidades.
Pela força institucional que reúne em si, o 36º Congresso será palco de eventos da maior grandeza e significado, a começar, já em seu primeiro dia, do lançamento de um Código de Autorregulação voltado para a divulgação de informações destinadas aos participantes. Um grupo de especialistas, originados de diferentes comissões técnicas da Abrapp, já trabalha em sua confecção, se reunindo presencialmente e trocando impressões por mídias remotas.
Prêmios - O 36º Congresso vai abrigar também a entrega do 3º Prêmio de Jornalismo e do 20º Prêmio Nacional de Seguridade Social.
Estão abertas e se estenderão até 30 de julho as inscrições para o Prêmio Abrapp de Jornalismo 2015, no endereço www.abrapp.org.br . A premiação visa reconhecer e distinguir matérias, artigos e reportagens que melhor desempenhem a função de informar, educar e conscientizar a sociedade sobre os benefícios da previdência complementar fechada, sendo que sairá ganhador o melhor trabalho abrangendo o campo da previdência complementar fechada no Brasil, de autoria de um ou mais profissionais, publicado em jornal ou revista impressa.
O objetivo do Prêmio Nacional de Seguridade Social também é claro: distinguir personalidades e instituições que têm em comum um histórico de pensamentos e atitudes que servem de exemplo a muitos e, por isso mesmo, são evidentemente inspiradoras. Os ganhadores com certeza vem contribuindo para um País melhor e uma previdência complementar cada dia mais fortalecida e, assim, serão com muita justiça homenageados em uma sessão especial. E em 2015 o prêmio traz uma nova categoria, a da “Governança”. A ideia por trás dessa novidade é realçar ainda mais o compromisso de nossas entidades com um tema que é central, pelo muito que tem a ver com a sustentabilidade do sistema.
Já em sua palestra magna de abertura, o 36º Congresso irá tocar em uma questão que se coloca fortemente: “O Dilema do Resultado de Curto Prazo e a Visão de Longo Prazo”. Vocacionados para longos ciclos de tempo, até mesmo por força do objetivo de pagar benefícios dentro de um horizonte temporal dilatado, os fundos de pensão vem sendo muitas vezes equivocadamente cobrados por suas performances em períodos de tempo curtos, algo sobre o que mostra-se indispensável refletir e reagir.
Discussões consistentes - As plenárias terão a ancorá-las não apenas temas merecedores de debates aprofundados, mas também receberão úteis subsídios capazes de tornar essas discussões muito mais consistentes. Uma delas terá como temática um “Diagnóstico da Previdência Complementar: Visão Interna e Fatores que Motivam a Participação de Empresas e da População em Geral”. Expositor e debatedores estarão discutindo fatores que motivam a participação de empresas, entidades associativas e trabalhadores, apoiados em pesquisa, que além de identificar fatores que motivam e motivarão as adesões aos planos previdenciários, apresentará os contornos de uma mapa estratégico para manter e ampliar a cobertura da previdência complementar fechada.
Outra plenária, focada no tema “Previdência Complementar: Solução para o Brasil Poupar Mais e Melhor” será enriquecida por um vasto estudo do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas), na linha de mostrar os fundos de pensão como instrumento de erradicação da pobreza e de desoneração do Estado, de vez que através da acumulação da poupança previdenciária de longo prazo favorecem a prosperidade e tiram dos ombros da Previdência Social parte de sua responsabilidade de prover renda aos aposentados.
Tempo é oxigênio - Uma outra plenária lançará luzes sobre o tema “O Tempo é o Oxigênio dos Fundos de Pensão”, ao centrar os debates na “duration” dos planos. Vai envolver tanto as questões de técnica atuarial, como política de investimentos e um olhar mais abrangente sobre o que realmente importa, a solvência.
Mais uma plenária vai propiciar uma com certeza necessária e oportuna discussão sobre “Previdência 2.0: Vocação Previdenciária e Reengenharia de Produto”. Afinal, em um mundo que assiste a rápidas mudanças, modelos que serviam há décadas hoje precisam ser atualizados, ganhando flexibilidade sem colocar em risco a natureza previdenciária que tanto orgulha os fundos de pensão.
O cardápio temático dos painéis simultâneos também já está montado, nele figurndo temas como “Previdência Complementar do Servidor Público”, “Heterogeneidade do Sistema e Eficiência”, “Reposicionamento de Imagem: Estratégia de Comunicação e Relacionamento”, “Estrutura de Regulação e Supervisão”, “Estrutura das EFPC e Governança” e “Gestão de Riscos na Gestão do Passivo e do Ativo”.
Fonte: Abrapp, em 12.05.2015.